Avançar para o conteúdo principal

LGPD reforça proteção dos dados de pacientes por hospitais e clínicas

 

freepik

A inviolabilidade da intimidade do indivíduo já é uma condição prevista pela Constituição Federal, e isso passa também pelo respeito aos protocolos médicos em hospitais e clínicas. Esses locais dispõem de prontuários de pacientes recheados de informações sensíveis, e que, portanto, devem ser preservados.

A partir da entrada em vigor da Lei 13.709/2018, a Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD), a preservação dessas informações não apenas passou a ser uma exigência junto a empresas e portadores de dados pessoais, como também estabeleceu sanções pesadas aos infratores e responsáveis por vazamentos.

“Infelizmente é comum depararmos com notícias decorrentes de vazamentos de informações, inclusive em hospitais e clínicas. Isso é grave, porque envolve a privacidade de pessoas que se esforçam para não ter suas vidas expostas. O vazamento de uma informação considerada sensível pode resultar em danos psicológicos e materiais incalculáveis”, explica Rodrigo Felipe, CEO do Grupo First, responsável pela operadora da You Saúde.

“Já existem legislações e códigos de ética profissionais que estabelecem o sigilo médico e a preservação da ficha do paciente de modo que não haja o vazamento. A LGPD vem para reforçar esses princípios, e imputar sanções severas em caso de descumprimento”, acrescenta. Segundo ele, a responsabilidade de garantir a proteção adequada dos dados é das empresas, no caso, as instituições de saúde.

Segundo a lei, as sanções podem ser desde advertência até aplicação de multa, que pode chegar a 2% do faturamento anual da empresa, desde que dentro de um limite de R$ 50 milhões. Também há riscos de dar publicidade ao vazamento pela empresa e até de restringir parcial ou totalmente suas atividades em decorrência disso. Ou seja, em situações extremas, a LGPD pode determinar até o fechamento de um hospital que não cumpra com o respeito à privacidade do paciente.

“A LGPD está muito longe de ser um excesso. É uma dessas leis que no Brasil nos acostumamos a dizer que foram feitas pra pegar. A Lei de Proteção dos Dados é rígida porque lida com a preservação da imagem das pessoas”, avalia o CEO da You Saúde. Por isso, observa, muitos locais já vêm investindo pesado em tecnologias de informação, a fim de garantir mais proteção aos dados pessoais dos pacientes.

“Além dos investimentos em TI, é importante também oferecer treinamentos específicos sobre LGPD aos funcionários. Já o paciente, que nesses casos costuma ser vítima da instituição, pode certificar-se de que as informações passadas são bastante sensíveis à sua imagem. E, claro, exigir esse cuidado dos profissionais que forem atendê-lo”, afirma.


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Terapia celular vira esperança para pacientes com câncer

  Crédito: Freepik A cura definitiva contra o câncer é um desafio que mobiliza a ciência em todo o mundo. Somente os casos de leucemia, por exemplo, alcançaram cerca de 475 mil pessoas em todo o mundo em 2020. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 11.540 novos casos por ano entre 2023 e 2025. Outro tipo de câncer que traz preocupação à comunidade científica é o linfoma. A mesma OMS estima que, anualmente, 735 mil novas pessoas são diagnosticadas com esta doença. No Brasil, aponta o Inca, deverão ser registrados mais de 12 mil casos anuais no decorrer do triênio 2023-2025. O linfoma não Hodgkin (LNH), um dos seus subtipos, levou 4.357 brasileiros a óbito somente em 2020. Um tratamento inovador já começa a fazer frente e a resgatar a esperança dos pacientes com esse e outros tipos de câncer. Desde que foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022, a terapia com Car-T Cell vem combatendo com

Implante zigomático traz nova alternativa na implantodontia

  Técnica é benéfica para pacientes que sofreram perda óssea maxilar ‌ Crédito: Freepik Implantes dentários têm se tornado uma solução cada vez mais popular para a substituição de dentes perdidos, proporcionando tanto benefícios estéticos quanto funcionais. Anualmente, no Brasil, são realizados pelo menos 800 mil procedimentos e colocados cerca de 2,4 milhões de próteses dentárias, segundo a  Associação Brasileira de Dispositivos Médicos (Abimo) , que representa os fabricantes do setor. Assim, a técnica de implante zigomático chega como uma alternativa que pode transformar a vida de pacientes. Na odontologia moderna, os implantes zigomáticos podem oferecer uma solução eficaz para pacientes com perda óssea severa na região maxilar. Esses implantes, que são ancorados no osso zigomático, em vez do osso maxilar tradicional, permitem a reabilitação oral mesmo em casos em que a quantidade óssea é insuficiente para suportar implantes convencionais. É o que explica o cirurgião-dentista Dr. Pau

Cachorro com queda de pelo: quando pode ser uma preocupação para os tutores?

  Créditos: Freepik A queda de pelo pode variar de acordo com o sexo, a idade e a saúde do pet Todo mundo que tem um cachorrinho em casa já se acostumou com o animal soltando pelos constantemente em alguns períodos do ano. Mas até que ponto esse fator deixa de ser normal e pode virar uma preocupação para os tutores? Quando a queda ocorre naturalmente devido à troca de estações, não causa falhas, coceiras e nem feridas. “Os cachorros trocam os pelos de forma natural, mas a intensidade da queda pode variar de acordo com o sexo, a idade e a saúde do pet. Se o cachorro está perdendo pelo, mas não apresenta alterações na pele, é provável que ele não tenha nenhum problema”, explica Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au! Happy, empresa especializada em planos de saúde para pets. Mas é preciso cuidado. Os tutores devem estar atentos para quaisquer mudanças na pelagem e no corpo do animal. A queda de pelo em cachorro pode ser um sintoma de deficiência nutricional e, também, pode acontecer p