Mercado que movimenta até US$ 87,5 bilhões por ano tem o Brasil como forte expoente
Crédito: Freepik A cura definitiva contra o câncer é um desafio que mobiliza a ciência em todo o mundo. Somente os casos de leucemia, por exemplo, alcançaram cerca de 475 mil pessoas em todo o mundo em 2020. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 11.540 novos casos por ano entre 2023 e 2025. Outro tipo de câncer que traz preocupação à comunidade científica é o linfoma. A mesma OMS estima que, anualmente, 735 mil novas pessoas são diagnosticadas com esta doença. No Brasil, aponta o Inca, deverão ser registrados mais de 12 mil casos anuais no decorrer do triênio 2023-2025. O linfoma não Hodgkin (LNH), um dos seus subtipos, levou 4.357 brasileiros a óbito somente em 2020. Um tratamento inovador já começa a fazer frente e a resgatar a esperança dos pacientes com esse e outros tipos de câncer. Desde que foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022, a terapia com Car-T Cell vem combatendo com
Cirurgias plásticas são moda em todo o planeta. O faturamento global do setor gira entre US$ 65 e US$ 87,5 bilhões anuais, segundo a Patients Beyond Borders, publicação especializada em turismo cirúrgico. Parte dessa verba é despejada nas clínicas brasileiras, e uma medida considerável é de interessados vindos de outros países.
A mesma revista o gasto médio de pacientes estrangeiros no Brasil é de cerca de US$ 3,4 mil, incluindo o procedimento, serviços de acomodação e de transporte, alimentação, acomodação, etc. Valor considerado bem abaixo se comparado ao serviço oferecido em países da Europa e nos Estados Unidos. “Uma das principais vantagens que o mercado brasileiro oferece é a concorrência dos preços. Os valores praticados por aqui são de 20% a 30% menores do que as clínicas estrangeiras”, revela Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástica da FVG Cirurgio Plástica.
A FVG já realizou cerca de 15 mil procedimentos cirúrgicos, e umas das razões para este número é a infraestrutura. Ele chama a atenção para este aspecto, que é outro motivo que atrai pacientes de fora do país. “De modo geral, as clínicas brasileiras oferecem excelente infraestrutura, profissionais de alta qualidade e atendimento rápido e eficiente. Isso é um privilégio, porque a realidade estrangeira é diferente. Muitas vezes o paciente enfrenta uma fila de espera que desestimula o procedimento. Há muitas vantagens em vir para cá”, explica.
Prova disso é que até o Ministério do Turismo vem identificando um fluxo maior de pessoas que desembarcam no Brasil, dentre eles brasileiros residentes no exterior, quase que exclusivamente para realizar algum procedimento. Por ano, aponta a própria Patients Beyond Borders, são realizadas 1,5 milhão de cirurgias plásticas, das quais 7% - cerca de 105 mil – são em estrangeiros. As filas reduzidas se devem à quantidade de profissionais da área: por aqui, existem hoje pouco mais de 6 mil cirurgiões habilitadas a oferecer o procedimento.
Em 2022, o mercado local viu um aquecimento de 13% em relação a 2021, mas a expectativa do setor é ainda mais ousada para os próximos anos. Até 2027, espera-se que o crescimento alcance a faixa dos 35%. “O desafio é que os donos de clínicas se preparem para receber uma quantidade ainda maior de pessoas, porque a tendência é de que essa demanda se eleve muito. Este é um cenário bastante tangível, pois o crescimento é bastante evidente no dia a dia”, garante o cirurgião.