Avançar para o conteúdo principal

Limitações do IMC exigem exames mais completos para avaliar massa corporal

Freepik


 O Índice de Massa Corporal (IMC) é, atualmente, a principal referência dos médicos para observar se o paciente encontra-se abaixo do peso ideal, acima do peso ou se já atingiu o nível de obesidade. A fórmula é simples: ela consiste em dividir o peso do indivíduo por sua altura ao quadrado. O resultado obedece a convenções globais. Um IMC menor que 18,5 indica um baixo peso. Entre 25 e 29,9, sugere que o paciente está com sobrepeso. A partir de 30 de IMC, liga-se o sinal de alerta para a obesidade.

A principal consequência da obesidade é o aumento do risco de problemas cardíacos, e isso exige que a avaliação da quantidade de gordura corporal tenha o máximo de precisão possível. Para Rodrigo Felipe, presidente do plano de saúde You Saúde, a análise pelo IMC não oferece uma informação tão satisfatória.

“O problema do IMC é que ele desconsidera alguns fatores que interferem diretamente na sua medição. Por exemplo, é natural que mulheres apresentem uma concentração maior de gordura do que os homens, assim como é normal que mulheres pretas e brancas tenham gorduras localizadas em partes diferentes do corpo”, explica o especialista. “Os biótipos dos homens asiáticos e pretos também são bem diferentes dos brancos, mas quando o IMC foi criado, suas referências tinham como base os homens brancos”, completa.

Isso, segundo ele, pode interferir no IMC e, consequentemente, no prognóstico a respeito dos riscos de doenças cardiovasculares. “A imprecisão do IMC não significa que a avaliação deve ser banida dos consultórios. É um parâmetro, mas não pode ser o único. Hoje existem equipamentos que dão informações mais precisas sobre a quantidade de gordura corporal, como o adipômetro e a absortometria de raio-X. São aparelhos que ajudam a medir a espessura da pele e a observar a densidade óssea, a massa corporal e a quantidade de gordura”, exemplifica.

Além disso, _Rodrigo Felipe recomenda, dependendo do caso, que o paciente recorra a uma angiotomografia, que revela com clareza a presença de gordura e de cálcio nas veias. Outros procedimentos que podem auxiliar em diagnósticos relativos à saúde cardíaca são a cintilografia do miocárdio, a ressonância cardíaca e o teste ergométrico. “São muitos exames disponíveis, o que indica que o paciente deve recorrer a profissionais gabaritados, e que vão além da análise por IMC. Um bom plano de saúde pode proporcionar esse atendimento completo, garantindo uma saúde nas mesmas condições”, conclui.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Terapia celular vira esperança para pacientes com câncer

  Crédito: Freepik A cura definitiva contra o câncer é um desafio que mobiliza a ciência em todo o mundo. Somente os casos de leucemia, por exemplo, alcançaram cerca de 475 mil pessoas em todo o mundo em 2020. Os dados são da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê 11.540 novos casos por ano entre 2023 e 2025. Outro tipo de câncer que traz preocupação à comunidade científica é o linfoma. A mesma OMS estima que, anualmente, 735 mil novas pessoas são diagnosticadas com esta doença. No Brasil, aponta o Inca, deverão ser registrados mais de 12 mil casos anuais no decorrer do triênio 2023-2025. O linfoma não Hodgkin (LNH), um dos seus subtipos, levou 4.357 brasileiros a óbito somente em 2020. Um tratamento inovador já começa a fazer frente e a resgatar a esperança dos pacientes com esse e outros tipos de câncer. Desde que foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022, a terapia com Car-T Cell vem combatendo com

Implante zigomático traz nova alternativa na implantodontia

  Técnica é benéfica para pacientes que sofreram perda óssea maxilar ‌ Crédito: Freepik Implantes dentários têm se tornado uma solução cada vez mais popular para a substituição de dentes perdidos, proporcionando tanto benefícios estéticos quanto funcionais. Anualmente, no Brasil, são realizados pelo menos 800 mil procedimentos e colocados cerca de 2,4 milhões de próteses dentárias, segundo a  Associação Brasileira de Dispositivos Médicos (Abimo) , que representa os fabricantes do setor. Assim, a técnica de implante zigomático chega como uma alternativa que pode transformar a vida de pacientes. Na odontologia moderna, os implantes zigomáticos podem oferecer uma solução eficaz para pacientes com perda óssea severa na região maxilar. Esses implantes, que são ancorados no osso zigomático, em vez do osso maxilar tradicional, permitem a reabilitação oral mesmo em casos em que a quantidade óssea é insuficiente para suportar implantes convencionais. É o que explica o cirurgião-dentista Dr. Pau

Cachorro com queda de pelo: quando pode ser uma preocupação para os tutores?

  Créditos: Freepik A queda de pelo pode variar de acordo com o sexo, a idade e a saúde do pet Todo mundo que tem um cachorrinho em casa já se acostumou com o animal soltando pelos constantemente em alguns períodos do ano. Mas até que ponto esse fator deixa de ser normal e pode virar uma preocupação para os tutores? Quando a queda ocorre naturalmente devido à troca de estações, não causa falhas, coceiras e nem feridas. “Os cachorros trocam os pelos de forma natural, mas a intensidade da queda pode variar de acordo com o sexo, a idade e a saúde do pet. Se o cachorro está perdendo pelo, mas não apresenta alterações na pele, é provável que ele não tenha nenhum problema”, explica Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au! Happy, empresa especializada em planos de saúde para pets. Mas é preciso cuidado. Os tutores devem estar atentos para quaisquer mudanças na pelagem e no corpo do animal. A queda de pelo em cachorro pode ser um sintoma de deficiência nutricional e, também, pode acontecer p