A relação entre o mês de março e as mulheres traz uma simbiose quase que instantânea lembrada pela sociedade. A passagem do Dia Internacional da Mulher, no dia 8, remete à luta feminina por respeito e equidade. Mas é o momento também de lembrar do Março Lilás, que faz referência às campanhas de prevenção ao câncer de colo de útero. Um mal que, no Brasil, levou 6.627 mulheres à morte em 2020, segundo dados do Ministério da Saúde.
O próprio órgão estima que, somente entre 2023 e 2025, serão 17 mil novos casos no Brasil. O principal causador do tumor é o papilomavírus humano (HPV), que provoca infecções através de relações sexuais. “A partir do momento em que a mulher contrai o HPV, seu sistema imunológico automaticamente tenta combater o vírus. Quando não consegue eliminá-lo, ele começa a produzir células anormais na região uterina, saindo de um estágio pré-cancerígeno para cancerígeno”, explica o Dr. Celso di Lascio, médico da operadora de planos de saúde You Saúde.
Por isso, a operadora vem desenvolvendo campanhas de conscientização das mulheres em torno do câncer. “O câncer de colo de útero nos oferece a vantagem de se desenvolver lentamente, mas isso não significa que o diagnóstico pode ser tardio. Quanto mais rápido ele for identificado, mais fácil será o tratamento. O problema é que nem todas as mulheres tem essa consciência, e muitas perdem a luta contra o tumor porque preferem não reagir, mesmo diante de alguns sintomas que podem ser associados ao câncer”, explica.
Dentre os sintomas, explica, estão sangramentos irregulares e dores uterinas, que acabam provocando confusão com outros problemas aparentemente menos graves. A orientação do médico da You Saúde é que as mulheres façam o exame preventivo. “É um procedimento simples e indolor, feito através do papanicolau. Ele é capaz de identificar células anormais na região do colo do útero. A partir do resultado positivo, oferecer ao profissional o caminho mais adequado para o tratamento precoce”, explica.
Tratamento depende do diagnóstico
O Dr. Celso di Lascio esclarece que o diagnóstico precoce traz indícios que vão além da possível presença de tumor na região uterina. “Quanto mais rápido se obtiver esse resultado, mais eficaz tende a ser o tratamento. E ele pode ser desde uma vacina contra o HPV, passando por uma cirurgia ou mesmo radioterapia e quimioterapia. É a atenção da mulher à prevenção que será determinante para o tratamento”, alerta.
Por isso, ele reforça a atenção às campanhas do Março Lilás, mas enfatiza que esse é um esforço que precisa ser contínuo. “Não é uma luta só para o mês de março nem para este ano. Milhares de mulheres morrem todos os anos por conta de tumores no colo de útero porque não se permitiram realizar os exames preventivos a tempo. O Março Lilás é importante, mas ele só trará resultados se conseguir de fato sensibilizar as mulheres de que suas vidas podem estar sob risco”, conclui.
O autor é Leonardo de Campos Melo, advogado especialista em contencioso judicial e administrativo estratégico e em arbitragem, e Sócio-fundador do escritório LDCM Advogados - leonardo@ldcm.com.br O Projeto de Lei 4/2025, em tramitação no Senado desde 31 de janeiro de 2025, propõe uma ampla reforma do Código Civil de 2002. De autoria do Senador Rodrigo Pacheco, com base em anteprojeto elaborado por Comissão de Juristas presidida pelo Ministro Luis Felipe Salomão (STJ), o PL modifica ou revoga 897 dos 2.063 artigos atuais e inclui cerca de 300 novos dispositivos, o que, para muitos, equivale à criação de um novo Código. O PL aparenta contar com amplo apoio político e institucional e a tendência é que avance no processo legislativo. Tenho dito, e reforço, que um projeto de lei é uma obra humana, imperfeita por natureza. É mesmo esperado, portanto, que o PL 4/2025, com tantas e relevantíssimas alterações, necessite de ajustes e aperfeiçoamento. Por essa razão, das crític...
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